O passeio aos Geysers del Tatio deve ser feito após alguns dias de aclimatação no Atacama, pois é um dos passeios em maior altitude, só perde para o Salar de Tara.
A saída para el Tatio ocorre de madrugada, por volta das 4h. Percorremos 98 km, atingimos a altura de 4.300 metros e chegamos ao local ao amanhecer. A região é um campo termal, sendo o maior da América do Sul e o terceiro do mundo.
Mas esse trajeto não é fácil. Já estávamos no Atacama há mais de uma semana. Antes de sair do hotel a Carla tomou chá de coca, para prevenir um possível mal de altitude. O que não fez muito efeito. Ao chegar nos geysers ela começou a sentir dificuldade para respirar... o ar parecia não entrar nos seus pulmões.
Mas esse trajeto não é fácil. Já estávamos no Atacama há mais de uma semana. Antes de sair do hotel a Carla tomou chá de coca, para prevenir um possível mal de altitude. O que não fez muito efeito. Ao chegar nos geysers ela começou a sentir dificuldade para respirar... o ar parecia não entrar nos seus pulmões.
Retornamos para onde a van estava estacionada e já estava servido o café da manhã, informamos ao Pablo, nosso guia, sobre o que estava acontecendo. Ele orientou a Carla a sentar e colocar as pernas em cima da poltrona da van, e logo ela já estava bem.
Voltando aos gêiseres, eles ocorrem em locais de incidência vulcânica, quando a camada de magma está mais próxima da superfície da crosta terrestre, deixando a rocha muito quente. A água retida em cavidades dessa rocha é aquecida. Conforme a água esquenta, ganha pressão e se expande, sendo lançada por rachaduras nas rochas em jorros que podem atingir muitos metros de altura.
A água que acumula nas cavidades da rocha é proveniente do degelo ou da chuva.
A água que acumula nas cavidades da rocha é proveniente do degelo ou da chuva.
Como podem ver, os jorros não estavam muito altos nesse dia. Segundo os relatos de algumas pessoas da região, os Geysers del Tatio já não lançam suas águas tão alto como antes, pois a indústria do lítio tem abusado da utilização desse recurso natural, diminuindo as reservas e, consequentemente, a pressão da água, impedindo jorros mais altos.
A região termal em que está localizado os Geysers del Tatio foi dada em concessão a uma empresa, na década de 70, para a exploração de energia a partir de termoelétricas, utilizando as águas termais sob pressão para mover as turbinas. O projeto não foi bem sucedido, tendo sido abandonado. Em 2007 a Empresa Geotérmica del Norte S.A. apresentou o projeto “Perforación Geotérmica Profunda
El Tatio, Fase I”, que foi aprovado no ano seguinte. Em 2009 ocorreu a ruptura de uma tubulação antiga, causando danos ambientais e ao turismo do local.
A Comisión Regional de Medio Ambiente (COREMA) ordenou a suspensão das atividades da empresa. Embora as tarefas tenham sido paralisadas, a Empresa Geotérmica del Norte S.A. manifestou a intenção de retomá-las. O que é motivo de grande preocupação para os habitantes locais e os ambientalistas.
Quando já voltávamos para a van, começou a nevar. Algo raro nessa época do ano!! Mas não poderia ser melhor, a paisagem ficou linda. E o frio também, uma massa de ar fio chegou ao local e provocou a nevasca. A temperatura chegou a -10º C.
Quando já voltávamos para a van, começou a nevar. Algo raro nessa época do ano!! Mas não poderia ser melhor, a paisagem ficou linda. E o frio também, uma massa de ar fio chegou ao local e provocou a nevasca. A temperatura chegou a -10º C.
Fazendo pose para a foto... |
... longe da câmera estávamos assim!! (risos) |
Foi uma festa, ficamos mais encantados com a neve do que com os Geysers...
Caiu tanta neve que as estradas foram fechadas e nós não conseguimos fazer o último passeio que havíamos programado, o Salar de Tara.
Logo ao lado dos Geysers fica a piscina térmica, onde é permitido o banho.
Poço onde o banho também é permitido. |
No retorno a San Pedro, um rio que segue ao lado de parte da estrada estava com suas águas congeladas. A presença de aves da região como flamingos, tagua cornuda, patos, ganso andino, etc. era muito grande.
Paramos no poblado de Machuca (veja a postagem sobre o local em "Povoados próximos") e, em seguida, em um cânion.
Lago parcialmente congelado ao lado da estrada de acesso aos Geysers |
Flamingos no lago. |
Pedra vulcânica no formato de cabeça de águia. |
Pedra vulcânica no formato de rinoceronte. |
Pequeno cânion ao lago da estrada de acesso. |
Difícil deixar o cabelo arrumado com esse vento... |
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