Portugal, agosto 2012 - Lisboa - parte 1

     
Sempre tive a vontade de dedicar uma viagem inteira para conhecer os locais históricos de Portugal. E a Carla resolveu aderir. 
        
Nosso objetivo era conhecer a história antiga do país, seus castelos medievais e centros históricos. Entretanto, são mais de 130 castelos, alguns em ruínas e outros ainda conservados, além dos inúmeros restaurados. Há ainda os fortes espalhados por todo o país.
     
É óbvio que só poderíamos conhecer uma ínfima parte deles, mas foi o suficiente para nos encantar. Era possível imaginar tropas portuguesas medievais e mouros travando batalhas pela conquista da terra.
     
Entretanto, a partir dos estudos que fizemos antes da viagem, foi possível conhecer um país cujas origens remontam os tempos dos primórdios da humanidade, como a ocupação celta na Península Ibérica, notadamente os Celtibéricos e os Lusitanos. Essas ocupações foram anteriores às ocupações romana, visigodas, muçulmana e, obviamente, portuguesa. Os vestígios históricos podem ser encontrados em quase todas as cidades que vistamos, notadamente na região do Alentejo, como, por exemplo, o monumento megalítico de Almendres, construído há cerca de 7000 anos, e os diversos menires espalhados pela região. Porto é uma das famosas cidades de origem celta. Mas isso é assunto para uma próxima viagem!
     
Nosso enfoque foram as fortalezas medievais. Fizemos uma viagem mergulhada na história. Incrível!
     
Em Lisboa nos hospedamos no belo Eurostars Das Letras Hotel, que fica em uma região privilegiada de Lisboa, bem próxima da Avenida da Liberdade. Dali é fácil o acesso a diversos pontos turísticos e culturais, assim como a meios de locomoção, como ônibus, metrô e elétrico.
     
Chegamos a Lisboa às 6h30min e, logo após nos acomodarmos no hotel, começamos nossas caminhadas. Percorremos uma grande extensão da Avenida da Liberdade. Como ainda era cedo, estava vazia e praticamente sem trânsito.
     
A Avenida da Liberdade.

Outra vista da Avenida da Liberdade.

Ainda vistas da Avenida da Liberdade.

O prédio onde fica a estação Restauradores (metrô) .

Avenida da Liberdade.

Na Praça D. Pedro IV (ou do Rossio) nos deparamos com um monumento ao nosso Imperador D. Pedro I que, no seu retorno à Portugal, foi coroado Rei D. Pedro IV - o vigésimo-oitavo Rei português. Conta a história que ele era a favor das ideias liberais e do constitucionalismo e, em Portugal, lutou numa guerra civil (1828-1834) contra os defensores do absolutismo. 
     
Nessa mesma praça encontram-se o Teatro Nacional D. Maria II (filha de D. Pedro I e Rainha de Portugal) e várias fontes. O piso da praça é de pedras portuguesas - nome pelo qual são conhecidas aqui no Brasil, e acreditamos que em Portugal tenham outro nome, pois todas as pedras de lá são portuguesas!! -, que formam um mosaico semelhante ao calçadão de Copacabana no Rio de Janeiro, só que aquele foi construído na década de 40 do século XIX.
    
Teatro D. Maria II.

A bonita fonte da Praça D. Pedro IV.

Ainda na Praça D. Pedro IV.

A estátua de D. Pedro IV (o nosso D. Pedro I).
     
Detalhes da estátua.
     
A Baixa de Lisboa é um belo e charmoso local para o início do passeio por Lisboa. Tal área é delimitada pela Praça D. Pedro IV, pelo Lago do Carmo (que fica na parte alta), pelo morro onde está o Castelo dos Mouros e pela Praça do Comércio. Não sei se podemos chamar de bairro, mas é como se fosse. Na Baixa encontram-se vários prédios, sendo muitos dos séculos XVIII e XIX.
     
Passeando pela Baixa de Lisboa.
     
Vistas da Baixa de Lisboa.
     
Vistas da Baixa de Lisboa.
     
Vistas da Baixa de Lisboa.
     
Vistas da Baixa de Lisboa.
     
Ainda na Baixa de Lisboa.
     
Pelo caminho vimos o Elevador da Santa Justa, que liga a Baixa de Lisboa ao Largo do Carmo, na parte alta. A estrutura desse elevador é toda feita em metal e sua construção teve início em 1898, sendo finalizada em 1902. O piso inferior fica na Rua de Santa Justa e o superior na Rua do Carmo.
     
Elevador da Santa Justa.
     
Uma das formas mais tradicionais de se locomover pela cidade é de bonde, chamado de elétrico pelos portugueses. Surgido no final do século XIX é usado até hoje. O mais famoso que percorre os bairros históricos é o Elétrico 28, possuindo coloração amarela e branca.
      
O Elétrico 28.
     
O Elétrico 28.
      
Há diversas ruas que levam à Praça do Comércio e, sem dúvida, a mais agradável é a Rua Augusta, com uma ampla  e exclusiva calçada para pedestres. Nela encontram-se lojas, sendo algumas de famosas grifes, e restaurantes. Ali também costumam acontecer demonstrações culturais, como apresentações de danças, música e teatro. Ela termina na Praça do Comércio, sob o imenso Arco Triunfal.
      
A Rua Augusta.
       
A Rua Augusta e o Arco Triunfal ao fundo.
     
O Arco Triunfal

Praça do Comércio possui uma imensa área quadrangular circundada por prédios amarelos e com duas torres viradas para o Rio Tejo. Anteriormente ali ficava o Palácio da Ribeira, que abrigava a Coroa Portuguesa, porém foi destruído no terremoto que arrasou Lisboa em 1755. Na parte central, está a estátua de D. José I, o 25º Rei português. Esse conjunto arquitetônico atualmente abriga diversos ministérios do governo português.

A Praça do Comércio com o Arco Triunfal ao fundo.
      
estátua de D. José I.
       
A Praça do Comércio com o Rio Tejo ao fundo.
       
Os prédios que circundam a Praça do Comércio.
       
Os prédios que circundam a Praça do Comércio.
       
Na Praça do Comércio.
       
A Praça do Comércio vista do Castelo de São Jorge.
       
Os edifícios da Praça do Comércio possuem corredores com arcos por toda a sua extensão voltada para a praça, resultando em um efeito muito bonito à sua fachada.
     
Os arcos dos edifícios.
       
Detalhes do corredor e dos arcos dos edifícios.

Em seguida fomos visitar o Castelo de São Jorge, localizado estrategicamente no alto de um morro, ao lado da Baixa de Lisboa.
        
Para entender melhor o Castelo de São Jorge é preciso lembrar que a região de Portugal foi ocupada pelos muçulmanos a partir do século VIII, sendo que sua construção data do século XI e sua função era servir de defesa à medina (cidade muçulmana).
     
O Castelo de São Jorge e a ponte de acesso ao portão.
     
O portão de entrada do Castelo.
    
A caminho da entrada.
   
O portão de entrada do Castelo.
   
Mas a história da região é ainda mais antiga. Registros históricos indicam que os celtas (lusitanos) habitaram a região e, posteriormente, os romanos. Há indícios de que foram os romanos quem criaram as primeiras fortificações no local onde se encontra hoje o Castelo de São Jorge.
     
A conquista do Castelo mouro foi feita pelo primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques (ou D. Afonso I), o 1º Rei de Portugal, no ano de 1147. Como era uma fortificação resistente e privilegiada pelo relevo (morro), a tomada do castelo foi muito demorada e só foi possível devido à ajuda recebida das tropas da Segunda Cruzada que seguiam em direção à Terra Santa. Assim, os muçulmanos foram expulsos da região.
     
A torre principal do Castelo.

Fachada lateral.

Uma porta interna, com a arquitetura moura preservada.

O Castelo, tomado pelas forças cristãs, foi sendo modificado e aumentado pelos sucessivos reis portugueses. No século XIV, sob o domínio de D. João I, o 10º Rei de Portugal, passa a ser denominado Castelo de São Jorge. Em 1755 sofreu severos danos pelo grande terremoto que abalou a região, sendo abandonado por quase dois séculos. Em 1910 foi considerado monumento nacional e finalmente restaurado na década de 1940.
     
A imensa altura das muralhas e o que
era o antigo fosso.

As muralhas e a torre principal.

O alto da muralha com o adarve, na parte interna do Castelo.

No interior do Castelo, há um café e um museu com peças encontradas durante a restauração. 

Além da riqueza arquitetônica e cultural, é de fácil acesso, já que fica dentro da cidade. Não deixe de visitá-lo.
     
O museu no interior do Castelo de São Jorge.
    
    
    
    

4 comentários:

  1. Oi Carla o que vc achou do clima em agosto? Faz muito calor? Planejo ir com a minha filha de 3 anos. obrigada pelas dicas

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá,
      Naquele ano, embora ainda fosse verão, as temperaturas estavam bem amenas. Mas nem todos os anos é dessa forma, podendo haver dias bem quentes. Nossa sugestão é que não deixe de levar agasalhos, principalmente para sua filha. E agradecemos a sua visita.

      Excluir