Eu fui... e eu também!: Chile, agosto 2013

Fomos a Viña del Mar de metrô, que na maior parte do percurso, a partir de Valparaiso - e essas cidades são vizinhas e coladas - corre pela superfície e à beira-mar.

Viña é uma cidade de veraneio, considerada um balneário chique e com belas praias, portanto, a melhor época para visitar a cidade é no verão. É uma cidade moderna, possuindo muitos prédios também modernos e bonitos. Para quem gosta de apostas, há um hotel cassino, que dizem lembrar os cassinos de Mônaco. As ruas são arborizadas, as quais no verão trazem um frescor aos habitantes. Muitas casas e prédios estão nos morros, só que eles são mais baixos que os de Valparaiso. A diferença é que tanto na parte mais alta quanto na mais baixa o relevo predominantemente plano facilitava o passeio a pé.

Fizemos uma caminhada pela cidade e nos agradou o seu aspecto limpo e conservado, com sinalização adequada e respeito às regras por parte tanto de pedestres quanto de motoristas.

Parte dos prédios históricos e das praças estavam em reforma, o que nos impediu de visitá-los.

Paramos para visitar o Museo Fonck (Museo de Arqueologia e Historia Francisco Fonck), que possui uma coleção muito interessante de peças arqueológicas, destacando-se as pré colombianas e as da cultura Rapa Nui - os antigos habitantes da Ilha de Páscoa. Na área externa e em frente da entrada do museu há uma grande escultura moai, verdadeira, trazida da Isla de Pascua. No andar superior do prédio, encontramos uma coleção de zoologia, com diversas coleções de insetos e animais empalhados (taxidermia), encontrados no território chileno, além de uma coleção de brinquedos antigos.

Fachada do museu com a escultura moai.

Cerâmicas pré colombianas.

Utensílios dos primitivos habitantes da Ilha de Páscoa.

Curiosas cerâmicas.

Desenho de um habitante primitivo da Ilha de Páscoa.

Anzóis de osso.

Ferramentas para esculpir os moais.

Nosotros!

Visitamos também o Palacio Rioja, uma construção centenária, do início do século XX, no estilo neoclássico francês. Hoje funciona o Museo de Arte Decorativa. Não pudemos conhecê-lo internamente porque estava em reformas. Possui um jardim muito bonito, notadamente com canteiros de uma planta chamada Clivia miniata, minha paixão!

O Palacio Rioja.

O brasão da família Rioja.

Bela escada.

As clívias do jardins do Palacio Rioja.

Outra visita que fizemos foi ao Parque Quinta Vergara, localizado próximo à estação de metrô Viña del Mar. Originariamente era a residência do fundador da cidade, Francisco Vergara, engenheiro e político. O imenso casarão, o Palacio Vergara, é hoje o Museo Nacional de Bellas Artes, mas está muito destruído devido o terremoto de 2010. No parque encontra-se uma diversidade grande de espécies de árvores e outras plantas, além de diversas estátuas. Um imenso anfiteatro foi erguido, com capacidade para 15.000 pessoas, que serve de palco de apresentações diversas e, como destaque, o Festival Internacional de la Canción de Viña del Mar.

Em geral, as pessoas ficam hospedadas em Santiago e visitam Valparaiso e Viña del Mar em um único dia, num bate e volta, ao contrário da nossa escolha, que ficamos duas noites em Valparaiso. Talvez esse bate e volta seja uma ideia melhor, pois, assim, é possível dedicar mais dias às outras regiões do Chile.

De volta a Santiago, pela Ruta 68, vimos extensas plantações de uva. As estradas do Chile, como dissemos anteriormente, são de dar inveja às nossas, e, como se não bastasse, o horizonte era emoldurado ora pela Cordilheira da Costa ora pela Cordilheira do Andes. E sem contar com as flores alaranjadas na beira da estrada e que nos seguiam pelo caminho. Num dos pontos, passamos por um túnel de aproximadamente 3 km de extensão, que atravessava uma das montanhas da Cordilheira da Costa, para chegarmos a região central do Chile.