Colômbia, agosto 2011 - Cartagena de Indias - A história

       

A viagem de Bogotá até Cartagena de Indias foi pela Copa Airlines, em um avião brasileiro, o Embraer 190. Foi a primeira vez que viajamos nesse tipo de avião. Achamos bastante estável e silencioso.

  
Cartagena de Indias ou simplesmente Cartagena, como é mais conhecida, é uma das maiores cidades da Colômbia. Fundada em 1533, sua economia está relacionada principalmente ao turismo e ao comércio de pedras preciosas, em especial, as esmeraldas. 

  
O centro histórico é formado por prédios coloniais cercados por uma muralha e considerado um dos conjuntos arquitetônicos mais preservados das Américas. Esse centro histórico é o local onde começou a cidade de Cartagena, conhecida como la ciudad amurallada ou a cidade murada, onde cada rua, cada prédio, cada lugar tem uma história para ser contada.
  

Hospedamo-nos no charmoso Hotel Monterrey, localizado no bairro Getsemani, em frente da Plaza de la Independencia e a cerca de 300 m da porta de entrada da cidade murada. O prédio do hotel é um edifício do século XIX, projetado por um arquiteto francês, Gastón Lelarge. A decoração é ao estilo colonial. Possui um terraço na cobertura de onde podemos contemplar uma bela vista panorâmica da região.
  

O Hotel Monterrey, à direita.

Área interna do Hotel Monterrey.

O restaurante.

Nosotros!

A Plaza de la Independencia e a entrada da ciudad amurallada
vista do terraço do hotel.

Vista do terraço do hotel.

Cartagena foi uma relevante cidade do período colonial espanhol, chegando o seu governador a ocupar o cargo de vice-rei - de elevado status no reinado espanhol e atuação em toda a colônia. 

Devido a sua localização estratégica, como ponto de partida da colônia para a Espanha, do seu porto saiam muito navios carregados de ouro e prata. Isso fez com que a cidade e os navios que de lá zarpavam fossem alvos constantes dos ataques de piratas e de corsários.
  

Maquete representando o período colonial.

  
Para quem não sabe a diferença, piratas não tinham pátria e roubavam em causa própria e a qualquer tempo, enquanto os corsários atacavam navios de nações inimigas, em períodos de guerra e em nome de um rei, com o qual eram divididos os tesouros e mercadorias roubadas. O maior corsário da história foi o inglês Sir Francis Drake, que atacava navios e cidades portuárias espanholas em favor da coroa inglesa.
  

Maquete representando o período colonial.

  
A Cartagena de Indias colonial foi muito atacada e saqueada. Os três maiores ataques de sua história foram decisivos para o seu desenvolvimento. 
  
O primeiro ataque foi em 1586, pelo corsário Sir. Francis Drake com uma poderosa esquadra de navios, que tomou facilmente a cidade. 
  
No século XVII, para aumentar a capacidade defensiva, o governador determinou que fosse construída uma muralha ao redor da cidade, protegendo-a, assim, dos ataques do mar e de terra. Essa muralha circundava a cidade e possuia 11 km de extensão. 
  
O segundo ataque, em 1697, por Jean Baptiste Dukasse, corsário francês, destruiu grande parte da cidade, mesmo defendida pelas muralhas. 
  
E, em 1741, o terceiro grande ataque à cidade foi preparado pela armada britânica, lideradas pelo almirante inglês Edward Vernon, com uma frota de mais de 180 navios e cerca de 23.000 combatentes. Esse ataque ficou conhecido como el Cerco de Cartagena de Indias. Entretanto, os espanhóis levaram a melhor, pois grande parte dos soldados ingleses morreram de doenças tropicais, fazendo com que os defensores espanhóis mantivessem o controle sobre as águas cartaginenses. 
  
Essas histórias são contadas em diversos museus pela cidade, onde pode-se observar diversos objetos da época. Destacamos o Museo Naval del Caribe, que, embora simples, merece uma visita.
  

Maquete representando o período colonial.

Maquete representando o período colonial.

  
Um passeio incrível é caminhar pelas muralhas, pelos 8 km restantes dos 11 km originais, conhecendo os baluartes, as guaritas, diversos canhões, além de, em alguns pontos, poder entrar na muralha e conhecê-la por dentro.
  
De cima da muralha podemos avistar, além da cidade histórica, a cidade moderna e a beleza do mar. 
  

Passeando pelas muralha.

Passeando pelas muralha.

Passeando pelas muralha.

Uma guarita e o mar ao fundo.

Nesse ponto a muralha é muito larga.

Guaritas.

Vista externa da muralha.

Vista externa da muralha.

Uma bela visão da muralha.

Outra guarita e o belo mar caribenho ao fundo.

Vista da parte de cima da muralha.

Um baluarte da muralha.

Por dentro da muralha.

Por dentro da muralha.

Ainda na muralha.

Ao por do sol.

Um dos acessos para a muralha.

O mercado de artesanato, cujas lojas ficam
nos antigos paióis de pólvora e munição.

Café del Mar, onde paramos para uma cervejinha!